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Tomie Ohtake

Abertura
08 de novembro de 2013

Horário
19 às 22h

Exposição
09 de novembro a 07 de dezembro

Realizando uma mostra dentro das comemorações dos 100 anos de vida de Tomie Ohtake, a Paulo Darzé Galeria de Arte apresenta de 8 de novembro a 7 de dezembro, exposição de seus trabalhos mais recentes.

Com uma obra de trajetória integra e integral, entre a tradição e a experiência visual do homem moderno, no dizer de Paulo Herkenhoff, “Tomie na sua obra parece buscar em nosso olhar um haicai perdido”.

Nascida no Japão, em Kyoto, em 1913, Tomie chega ao Brasil, em São Paulo, aos vinte e três anos. Inicia seus estudos de pintura em 1952, com o artista plástico japonês Keisuke Sugano. Em 1953, integra o Grupo Seibi ao lado de Flávio-Shiró, Kaminagai, Manabu Mabe, Tikashi Fukushima, entre outros. Sua primeira exposição individual realizou-se em 1957, no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Em 1969, começa a trabalhar com serigrafia e posteriormente executa litografias e gravuras em metal.

Biografia
Cem anos de Tomie Ohtake. E para comemorar nada mais valoroso que montar uma exposição de pinturas recém-terminadas de Tomie. E é isto que a Paulo Darzé Galeria de Arte, com imensa satisfação, associando-se a outras galerias e instituições nacionais e internacionais promove de 8 de novembro, às 20 horas, com temporada até 7 de dezembro, para celebrar o centenário e a arte da pintora, gravadora, escultora, muralista, autora de obras públicas, bi ou tridimensional, criadora de uma arte única por sua expressividade e beleza, obra de trajetória integra e integral, entre a tradição e a experiência visual do homem contemporâneo.

Desde que há alguns anos, mais precisamente em 1987, quando Paulo Darzé organizou uma primeira exposição de Tomie na Bahia, uma mostra de gravuras, até a que realizou apenas com pinturas buscadas de coleções, Tomie imaginava uma exposição em Salvador com pinturas recentes, e isso vem a acontecer no ano em que completa 100 anos e com obras pintadas nos últimos meses, fato salientado no texto que abre o catálogo, assinado pelo Instituto que leva o seu nome, e uma mostra “num espaço extraordinário, que prima por sua atuação no cenário da arte brasileira”.

A Bahia está contemplada integrando o calendário de comemorações dos cem anos de Tomie Ohtake, autora uma obra singular e transformadora na arte brasileira, que na sua história como artista cria com o seu abstracionismo, transitando ou dialogando por tendências, fases, períodos gestuais ou construtivos, mas sempre estando acima de todos eles, pois à frente de nosso olhar enxergamos ou vemos sempre Tomie, ali diante, verdadeiramente, para que a contemplemos. E é isto que todos devem fazer nesta nova mostra. Não olhem nem vejam nunca uma obra de Tomie. Contemplem.

Para o crítico Frederico Moraes, “Diante da sua pintura, o crítico vive um permanente desafio: ou fala de pintura, ou deve recolher-se. Com efeito, em suas telas, Tomie Ohtake não descreve situações vividas ou sonhadas, não comenta nem recria a realidade à sua/nossa volta, não avança para análise sociais ou políticas, não é nem confessional nem autobiográfica. Assim, não há nada em que o crítico possa agarrar-se para escapar ao desafio de falar de pintura. Mas falar da pintura de Tomie é falar, antes de tudo, da forma. É dela que nos recordamos quando pensamos em sua pintura. Ao longo de meio século de uma criatividade ininterrupta, Tomie Ohtake criou um riquíssimo vocabulário de formas, as quais, continuadamente re-elaboradas e ressignificadas, a partir de um núcleo básico, constituem o fascínio permanente de sua obra. A cada nova etapa, a artista recorre às mesmas formas e/ou estruturas formais, cuja semântica, entretanto, se modifica graças às novas relações cromáticas, matéricas e espaciais que ela busca estabelecer”

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