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16 por 4

Abertura
08 de maio de 2018

Horário
19h

Exposição
09 de maio a 31 de maio

TOUR 360º

A mostra 16 por 4 surge de uma ideia de curadoria, como diz Ricardo Bezerra, “a partir de um desejo de reorganizar as formas de apresentação de exposições coletivas onde normalmente se elege um curador. Achamos por fim que podíamos nos auto-organizar sem conceitos a priori que não os pessoais e afetivos”. Tendo na projeção destes olhares a criação dos espaços expositivos, quatro paredes onde através da obra de um artista se faz um eixo difusor que vem a se revelar através da correlação com as outras três obras.

Esta é uma exposição onde são os próprios artistas que criam, além das obras, a mostra, desvendando neste diálogo entre os 16 trabalhos (4 de cada) grupos que formam um conjunto espacialmente de acordo com a definição que cada um deles realiza através de suas afinidades eletivas sobre a obra do outro.

Ao colocar numa única exposição estes quatro artistas, a Paulo Darzé Galeria, entre seus objetivos, apresentar uma mostra que vá além de uma simples coletiva, a reunião de quatro artistas bastante importantes em sua geração. Nela se incorpora um novo procedimento curatorial. Cada artista faz suas escolhas, e com isso cria a sua própria parede, revelando não um olhar único sobre a sua obra, mas um olhar que estabelece relações com as obras dos outros, ressaltando além do dado geracional,  poéticas que apontam para o desenvolvimento das linguagens hoje nas artes visuais.

Nascidos em São Paulo, Jac Leirner (1961), Marcelo Cipis (1959), Paulo Monteiro (1961) vivem em sua cidade natal, enquanto Ricardo Bezerra (1963), na Bahia, onde é professor da Escola de Belas Artes desde 2016, possuindo os quatro uma trajetória bastante definida por exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior, obras em coleções públicas e privadas, prêmios nacionais e internacionais.

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TRAJETÓRIAS

JAC LEIRNER (Jacqueline Leirner) nasceu em São Paulo em 1961.
Entre suas INDIVIDUAIS recentes, destacam-se: Funciones de una variable, Museo Tamayo (Cidade do México, 2014); Pesos y Medidas, CAAM (Las Palmas de Gran Canaria, Espanha, 2014), Hardware Seda – Hardware Silk, Yale School of Art (New Haven, EUA, 2012); Jac Leirner, Estação Pinacoteca (São Paulo, 2011). Seu extenso currículo de exposições inclui ainda participações em: Bienal de Sharjah (2015), Bienal de Istambul (2011), Bienal de Veneza (1997 e 1990), Documenta de Kassel (1992), Bienal de São Paulo (1989 e 1983). Sua obra está presente em diversas COLEÇÕES importantes ao redor do mundo, como: Tate Modern (Londres), MoMA (Nova York), Guggenheim (Nova York), MOCA (Los Angeles), Carnegie Museum of Art (Pittsburgh, EUA), MAM (São Paulo), entre outras.

MARCELO CIPS nasceu em São Paulo, 1959.
INDIVIDUAIS. “Transasisasão”, Hotel Galeria, São Paulo, SP, 2012; “Como é bom pintar”, Galeria Virgílio, São Paulo, SP, 2004; Desenhos”, Casa Triângulo, São Paulo, SP, 1998; “Jardim das Delícias”, Casa das Rosas, São Paulo, SP, 1996; Adriana Penteado Escritório de Arte, São Paulo, SP, 1994; “Trabalhos recentes & Pyrex Paintings”, Galeria Kramer, São Paulo, SP, 1989; “A Tragédia e a Comédia”, Galeria Documenta, São Paulo, SP, 1988; “Exposição nº 1”, Espaço Cultural Casper Líbero, São Paulo, SP, 1987. PRÊMIOS. Bolsa da Pollock-Krasner Foundation, Nova Iorque, Estados Unidos, 2000; Prêmio VASP, 4º Salão Paulista de Arte Contemporânea, São Paulo, SP, 1986; Prêmio aquisição, 2º Salão Paulista de Arte Contemporânea, São Paulo, SP, 1984.

RICARDO BEZERRA nasceu em São Paulo, 1963.
Entre as recentes INDIVIDUAIS: 2015 A Rica Fauna do Mundo, Instituto de Artes da UNESP – Leitura dramatico-visual Auké, A Ilha Invisível. 2014 Desenhos do Teatro, CIT – Ecum –SP; Leitura dramatico-visual A Última Almôndega, Espaço Jã – SP; 2013 3 Peças:Desenhos e Pinturas, Oficina Cultural Oswald de Andrade –SP; 2010 Drácula em 20 desenhos, AMAM – Associação dos Amigos do MAM – SP; 2005 As Bordas da Pintura, CEUMA: Centro Universitário MariaAntônia – SP; 2003 Pinturas, MARP: Museu de Arte de Ribeirão Preto – SP 007, Espaço Cultural Livraria da Vila – SP; Pinturas, Espaço Virgílio – SP; 2001 Pinturas, Galeria André Millan – SP; 1998 Pinturas e Desenhos, Escritório de Arte Rosa Menescal Barbosa – SP; 1996 Pinturas, Projeto Macunaíma – Funarte RJ; 1995 Pinturas, Museu Theodoro de Bona – Curitiba; 1991 Pinturas e Desenhos, Galeria SESC Paulista – SP.

PAULO MONTEIRO nasceu em São Paulo, 1961.
INDIVIDUAIS. 2017 The outside of distance, MISAKO & ROSEN and Tomio Koyama Gallery, Tokyo, Japan; 2016 The inside of distance, Office Baroque, Brussels, Belgium ; 2015 The inside of distance, Mendes Wood DM, São Paulo, Brazil ; 2013 Paulo Monteiro, Mendes Wood DM, São Paulo, Brazil ; 2012 Coisa Superfície, Centro Universitário Mariantonia, São Paulo, Brazil; 2011 Viajem ao miolo do meio, Galeria Marília Razuk, São Paulo, Brazil; 2010 Misturado, Carlos Carvalho Galeria de Arte, Lisbon, Portugual; 2008 Marília Razuk Galeria de Arte, São Paulo, Brazil Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brazil. COLEÇÕES. Museum of Modern Art, New York, United States; Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brazil; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil; Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brazil; Pinacoteca Municipal de São Paulo, São Paulo, Brazil; Museu de Arte de Brasília, Distrito Federal, Brazil; Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro, Brazil.

16 por 4

ideias jogadas abaixo

Esse texto reúne pequenas observações, citações e aforismos sobre escolhas artísticas e experiências cotidianas. Ele pode oferecer pistas e sensações perceptivas sobre os fenômenos da visão na arte e na vida, principalmente no que se refere às escolhas.  Esses fenômenos podem acontecer também em processos artificiais quando, por exemplo, reunimos artistas num mesmo espaço.

Ao nos reunirmos, imaginamos uma exposição que possa revelar não um olhar único, que estabelece relações sobre a obra de cada um, mas a projeção do olhar de cada artista sobre a obra do outro, fazendo suas escolhas. O espaço expositivo poderia assim ficar dividido por áreas que correspondem às paredes com três obras dos outros 3 artistas e mais uma de si próprio. Dezesseis obras seria o resultado final.  O título da exposição 16 por 4 existe por isso.

Não existe um conceito norteador comum para as escolhas. Nem tampouco conceitos curatoriais abstratos, que formulam questionamentos verificáveis para elas. Esta reunião de obras é uma vivência de escolhas visuais e intuitivas.

Agora, porque se escolhe mais uma coisa do que outra?

“Não existe imagem simples. Qualquer imagem cotidiana faz parte de um sistema, vago e complicado, pelo qual habito o mundo e graças ao qual o mundo me habita”.[i]

Quando presenteio uma pessoa, tenho duas opções de escolha: ou a presenteio porque sei que ela gosta do que vou lhe dar ou a presenteio com algo que eu gosto.  Na arte quando um artista escolhe um trabalho de outro artista para trocar, ele inevitavelmente vai passar por essas sensações na escolha.

Generalizando, existem pessoas que sabem e escolhem roupas para serem vistas do modo que desejam serem vistas. Outras pessoas vestem roupas, mas não sabem desse olhar de serem vistas. Escolhem as roupas apenas para si. A diferença entre os dois tipos pode ser bem percebida também nas artes, o que em geral nos dão mesmos resultados.

“Se considerarmos todas as modulações que impuseram à pintura as variações, no curso do tempo, da estrutura subjetivante, é claro que nenhuma fórmula permite ajuntar essas visadas, esses ardis, esses truques infinitamente diversos.”[ii]

Em 1994 o escritório de arte Sylvio Nery da Fonseca realizou a exposição Willys de Castro: obras de 1954 -1961. Tratava-se do acervo pessoal do Willys, falecido havia seis anos. Achei incrível que aquelas obras, muitas delas já tendo participado de importantes exposições nacionais e internacionais, estivessem ali, reunidas, sobretudo  “por constituírem uma espécie de reserva particular do artista, raramente reapresentadas posteriormente”. A exposição era especial por isso. O artista havia escolhido aquelas obras para seu convívio. Talvez nem tão assim. Podem ter sido obras que foram ficando para ele, rejeitadas pelo mercado. Pode ter sido tudo isso junto.  Não sei dizer, quem sabe?… A exposição era muito boa… O fato é que separar todas aquelas escolhas da reserva particular do artista seria trágico.

Significantes:

Olhamos significantes de todos os tipos nas obras: figuras, linhas, cor, espessuras. Relacionamos esses mesmos significantes com os que criamos. Outros significantes que não havíamos percebido nas obras operam relações por toda parte, independentes de nós, criando relações entre as coisas que nos despertam depois, apagando outras visões.

Ponto cego.

Na subida da ladeira da Barra em Salvador, sempre me preparo para olhar atentamente a paisagem da Baía de Todos os Santos no meio da ladeira. Naquele dia me posicionei no banco do ônibus para enxergar, mas fui interrompido por uma fala que comecei a elaborar mentalmente para um encontro.

Ao final da ladeira da Barra percebi que não enxerguei nada da paisagem. Meus olhos estavam abertos, mas não enxergaram nada. Ou seja, podemos não enxergar absolutamente nada e ainda sim nossos olhos estarem vendo. Alguém em mim escolheu esta opção.

“Lacan foi o primeiro a nos dar uma definição de “tableau”, que é ao mesmo tempo coerente e produtiva, ao afirmar que  o “tableau” é uma função na qual o sujeito teria que encontrar suas marcas, para encontrá-las enquanto tal (enquanto sujeito)”[iii]

Vejo o que desejo ver.

Em 1994, Caryl Churchill escreveu a peça teatral Blue Heart (Coração Azul). Na segunda e última parte da peça, intitulada Blue Kettle (Bule Azul), o personagem Derek descobre endereços de mães que tiveram há muitos anos atrás, por motivos variados e sempre sofridos, de entregar os filhos para adoção. Ele vai até a casa delas e se apresenta como o “filho perdido”. A intenção de Derek é tirar o dinheiro dessas mães, explorando exatamente essa culpa terrível.  O notável da peça – e dela o que nos interessa – é exatamente o olhar dessas mães sobre o rosto do falso filho e dele identificar as semelhanças consigo próprias e familiares. Segue um trecho da peça que apresenta o encontro de Derek com as senhoras Plant e Oliver:

  1. DEREK e SRA. PLANT

SRA. PLANT: Estou sem palavras.

DEREK: Não se preocupe.

SRA. PLANT: Deixe-me olhar para você.

DEREK: Eu tenho o seu nariz?

SRA. PLANT: Você talvez tenha a boca de seu pai. Eu não consigo lembrar bem da boca dele, mas agora vendo a sua . . .

DEREK: A minha boca?

SRA. PLANT: Os olhos da sua avó eram dessa cor. Sim, ele tinha um sorriso.

  1. DEREK e SRA. OLIVER

SRA. OLIVER: Eu trouxe algumas fotos. Não sei se você quer vê-las.

DEREK: Adoraria.

SRA. OLIVER: Esta é minha irmã Eileen. E aqui é ela de novo. com seu marido Bob e os gêmeos. Isso faz trinta anos. Estes são os meus pais. Ele era um homem bonito. Estes sou eu e o Brian. E as meninas quando elas eram pequenas. Estes são a Mary já crescida, seu marido Phil e seus dois filhos, Billy e Megan . Agora você pode não concordar, mas eu acho que a semelhança familiar está no Billy; tá vendo que é o seu sobrinho? Você consegue ver o que estou tentando dizer?

DEREK: Sim, consigo.

SRA. OLIVER: Em volta dos olhos.

DEREK: Os olhos sim e –

SRA. OLIVER: Alguma coisa no formato da cabeça eu acho.

DEREK: Você tem razão, sim.[iv]

Um duplo:

Todos nós possuímos um duplo na vida. Talvez nem todos. Um duplo significa que existe alguém vivo idêntico a você em algum lugar do planeta. Tive a sorte de encontrar meu duplo em São Paulo quando tinha vinte anos aproximadamente. Ele descia pela porta de trás de um ônibus no momento em que eu subia. Vestíamos a mesma roupa e nos surpreendemos ao nos enxergar. Como foi rápido, não pude pará-lo para falar comigo mesmo.

J.W. Goethe, As Afinidades Eletivas:

” – Permitam-me que me antecipe  –  disse Charlotte  – , para ver se entendo aonde querem chegar. Como tudo se relaciona entre si, essas relações também devem valer frente aos outros.

–  E isso será diferente segundo a diversidade  dos seres – completou Eduard – Ora agirão como amigos ou velhos conhecidos que rapidamente se reúnem, se juntam, sem modificarem um ao outro, tal como o vinho ao se misturar com a água; ora, ao contrário, permanecerão absolutamente estranhos um ao outro, sem se unirem, mesmo através de fricções ou misturas mecânicas; tal como o óleo e a água, que logo depois de sacolejados juntos voltam a se separar.

[…]

Infelizmente conheço muitos casos em que a união íntima e aparentemente indissolúvel de dois seres foi desfeita pela junção ocasional de um terceiro, lançando num imenso vazio um dos membros de tão bela união.

– Nesse caso, os químicos são muito galantes; – disse Eduard – eles agregam um quarto elemento para que nenhum fique imune.

– Mas claro! – exclamou o Capitão. Esses casos são, sem dúvida, os mais significativos e curiosos; através deles pode-se realmente demonstrar a atração, a afinidade, esse abandono e essa junção entrecruzando-se; neles veem-se os quatro seres, unidos até então dois a dois, que, entrando em contato, abandonam a sua união anterior e formam novas. Nesse ato de largar e prender, nessa fuga e nessa busca, julgamos ver realmente uma determinação mais elevada; atribuímos a esses seres uma espécie de vontade e preferência, e assim consideramos plenamente justificado o termo técnico “afinidades eletivas”.[v]

As “afinidades eletivas” entre as obras da exposição estariam reveladas pela química que cada uma tem com a outra, formuladas através das escolhas.. No geral os artistas fazem escolhas narcisísticas, mas isso não importa…

Sabemos que quando reunimos obras em espaços, elas se tornam junções de coisas, pequenas coleções cujos critérios passam por escolhas. A situação criada por cada parede da exposição poderá corresponder mais ou menos àqueles pequenos acervos que os artistas criam ao terem obras de arte de outros artistas em suas casas.

A reunião dessas obras pode e o que mais se deseja é que as singularidades das obras se dissolvam por seus pares, que nas associações entre os significantes cada obra perca essa individuação e um novo jogo se instaure pelas aproximações que delas possam surgir.

Ricardo Bezerra

[i] Do filme Aqui e alhures (1974) de Jean-Luc Godard e Anne-Marie Miéville,

[ii] LACAN, Jacques. O Seminário: Livro 11. Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. 3. Ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985.

[iii] DAMISCH, Hubert et al. Hubert Damisch e Stephen Bann: Uma Conversa. Ars, São Paulo, n. 27, p.17-52, 2014. Semestral. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ars/v14n27/1678-5320-ars-14-27-00017.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2017.

[iv] CHURCHILL, Caryl. Bule Azul. 26 p. Tradução de: André Pink.  O texto dramatúrgico, em formato pdf, foi proporcionado pelo workshop “Estruturas não Convencionais para o Teatro” com a dramaturga escocesa Stef Smith, 2015

[v] GOETHE, Johann W. As Afinidades Eletivas. 3. Ed. São Paulo: Nova Alexandria, 1998.

7 perguntas sobre a mostra 16×4, Via e-mail, a Ricardo Bezerra

1)    É a primeira vez que vocês fazem este tipo de mostra? Um elegendo a obra do outro e com isto sendo feita a exposição?

Sim, a ideia surgiu a partir de um desejo de reorganizar as formas de apresentação de exposições coletivas onde normalmente se elege um curador. Achamos por fim que podíamos nos auto-organizar sem conceitos a priori que não os pessoais e afetivos.

2)    O que une, seja na linguagem, no procedimento, o trabalho de vocês? Ou é só o dado geracional?

O dado geracional é evidente,  as poéticas, fruto do desenvolvimento das linguagens  muitas vezes demoram a se configurar, essa não foi a afinidade escolhida… No fundo as relações pessoais e afetivas prevalecem primeiras ainda que uns são mais amigos de que outros nesse grupo.

3)    Este diálogo explicitado nas escolhas, vocês acreditam que, creio, levem a um diálogo sobre o fazer, o trabalho, a criação. Isto se torna visível na exposição para o espectador? Melhor, este seria um dos desejos de uma mostra incorporando este procedimento?

Sim, desejamos verificar se há de fato nas escolhas elementos verificáveis em áreas mais amplas possíveis com é da natureza da arte.  que possam ser feitos critérios formais, psicológicos, históricos etc… se a exposição não se apresentar polissêmica nada deu certo…

4)    Cada um de vocês possui uma trajetória e abarca diferentes campos de atuação, ilustrador, desenhista, escultor, pintor, etc. Poderia dizer: multimídias. Esta diversidade é uma característica que os une?

Acho que não… Mas acho que um espírito especulativo para as experimentações foi um aliado que atraiu os tipos de artistas como nós…

5)    Ainda nos trabalhos, outra característica é o uso livre de materiais diversos. E em todos eles um domínio técnico. Com grande liberdade formal, e de cores. Poderiam detalhar este percurso – materiais, forma, cor?

São carreiras com 30 anos ou mais… É uma geração que nasceu ainda de um conflito entre formalistas e conteudistas… Hoje convivemos com as diferenças, somos abertos principalmente por termos revisto nossos posicionamentos…

6)    Para encerrar, alguns são formados em Artes, outro em arquitetura. Exerceram ou exercem o magistério. Falem um pouco sobre a trajetória? Estudos, pesquisas, ensino?

Essa pergunta é legal porque, se observarmos muitas carreiras  artísticas notamos que praticamente poucos nasceram artistas… A  arte se enriquece e é generosa por isso… Ela se nutre das experiências mais dispares possível. Quanto às docências, elas são mais vocacionais mesmo. É algo muito pessoal querer ou não exercer atividades de aulas, ainda que para os artistas seja uma fonte de renda, nem todos são bons professores.

7)    Esta é a primeira vez que incursiona numa mostra na Bahia? O que sabem da arte na Bahia agora?

Para uns sim… Mas todos respeitam muito a história. A Bahia é parte de um imaginário nacional fabuloso. Será uma oportunidade incrível a comunicação entre as produções de São Paulo e Salvador… Nosso desejo é ampliar essa comunicação.

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