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Sp-Foto Viewing Room

Opening
23 de November de 2020

Schedule
9h

Exhibition
23 de November a 29 de November

Durante toda sua trajetória, desde 1983, a Paulo Darzé Galeria vem se constituindo num espaço dinâmico para as artes, efetuando além de um calendário de mostras individuais e coletivas no seu endereço sede, uma forte atuação de intercâmbio cultural e artístico entre curadores, colecionadores, artistas, galerias e museus de outros estados, participando de Feiras no Brasil e no exterior, reafirmando o firme compromisso de apresentar a arte contemporânea, em seus vários e diversificados segmentos. Com esta determinação de propósito a Paulo Darzé Galeria participa SP-Foto Viewing Room, de 23 a 29 de novembro, apresentando trabalhos de dez artistas: Miguel Rio Branco, Mario Cravo Neto, Christian Cravo, Uiler Costa, Pico Garcez, Renan Benedito, Vik Muniz, João Farkas, Ayrson Heráclito e Marcio Lima.

 

DEZ ARTISTAS

Miguel Rio Branco

Fotógrafo, diretor de fotografia, pintor, começou sua carreira profissional em 1964, com uma exposição de pintura em Berna, Suíça. Nasceu em 1946. Filho de diplomata viveu a infância e adolescência entre a Espanha, Portugal, Brasil, Suíça e Estados Unidos. Em 1966, estudou no New York Institute of Photography e em 1968 na Escola Superior de Desenho Industrial do Rio de Janeiro. No início dos anos 1970, trabalhou como fotógrafo e dirigiu filmes experimentais em Nova York. Em 1972, começou a expor seus trabalhos de fotografia e cinema e continuou a dirigir filmes de curtas e longas metragens durante os nove anos seguintes. Dentre seus curtas-metragens estão, por exemplo, A Jaula (1969), Apaga-te Sésamo (1985). Dentre seus longas-metragens podemos citar Revólver de brinquedo (1971), Dayse das Almas deste Mundo, (1991). Desde 1980 é correspondente da Magnum Photos.

Entre as principais instituições em que expôs em individuais e coletivas estão o Museu Georges Pompidou, em Paris, o MASP, em São Paulo, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, tendo realizado mostras em cidades como Madri, Barcelona e Bilbao/Espanha; Nova Iorque, San Diego, Houston, Tampa, Boston, Connecticut/Estados Unidos; Buenos Aires/Argentina; Veneza/Itália; Berlim, Colônia, Frankfurt, Sttutgart/Alemanha; Paris/França; Londres, Liverpool/Inglaterra; Rotterdam/Holanda; Tóquio/Japão, e participado da 17ª e 24ª Bienal Internacional de São Paulo; 5ª Bienal de la Habana, Cuba; Nakta, 1ª Bienal Internacional de Fotografia Cidade de Curitiba.

Sua obra figura entre as principais coleções de arte, dentre as quais a de Gilberto Chateaubriand, no Rio de Janeiro, o Stedjelik Museum, Amsterdam, o Museum of Photographic Arts, San Diego, e a de David Rockefeller, Nova York, e seus trabalhos estão registrados em vários livros: Salvador da Bahia. Paris: Double Page, 1985; Dulce sudor amargo. Mexico: Fondo de Cultura Económica, 1985; Miguel Rio Branco. Rio de Janeiro: Dazibao, 1991; Nakta. Curitiba: Fundação Cultural de Curitiba, 1996; Miguel Rio Branco. São Paulo: Companhia das Letras, 1998; Silent Book. São Paulo: Cosac & Naif, 1998; Entre os Olhos, o Deserto. São Paulo: Cosac & Naify, 2001. Entre as premiações estão o Grande Prêmio da Primeira Trienal de Fotografia do MAM de São Paulo (1980) e o Prix Kodak de la Critique Photographique, Paris (1982), Bolsa de Artes da Fundação Vitae, em 1994, e Prêmio Nacional de Fotografia da Fundação Nacional de Arte – Funarte, em 1995.

 

Mario Cravo Neto

Nasceu a 20 de abril de 1947, na cidade do Salvador/Bahia. Faleceu na mesma cidade em 9 de agosto de 2009. O ano de 1965 é o início de suas atividades como fotógrafo e escultor ao ser premiado na I Bienal de Artes Plásticas da Bahia e, ainda neste mesmo ano, a realização de sua primeira exposição individual. De 1968/1970 vive em Nova Iorque. Na XI Bienal Internacional de São Paulo, em 1971, tem sala especial, e recebe o Prêmio de Escultura Governador do Estado de São Paulo. Uma referência na fotografia contemporânea mundial, imerso no mundo mítico e na natureza de seu país, a sua obra é verbete na Encyclopédie Internationale des Photographes, Carole Naggar, Édition de Seuil, Paris, 1982; Encyclopédie Internationale des Photographes, 1939-1984, Michel Auer, Editions Camera Obscura, Berne,1984; e o Dictionnaire Mondial de Photographie, Larousse, Paris, 1994. Mario Cravo Neto produz uma arte que expressa a cultura de sua terra, reconhecida internacionalmente nos 9 prêmios e 14 livros editados em diversos países, nas mostras individuais e coletivas no Brasil e no exterior, e por integrar coleções de diversos museus públicos e privados.

Christian Cravo

Nasceu em 1974, de mãe dinamarquesa e de pai brasileiro, foi criado num ambiente artístico na cidade de Salvador, Bahia, tendo sido introduzido no mundo das artes desde bem criança. No entanto, só começou suas experiências com a técnica fotográfica aos onze anos de idade, enquanto morava na Dinamarca, lugar onde passou toda sua adolescência. Em 1993, interrompe suas pesquisas fotográficas para cumprir o serviço militar nas forças armadas dinamarquesas. Com vinte e dois anos, volta ao Brasil, quando começa a ficar profundamente entrosado com a máquina fotográfica.

Ao longo dos últimos vinte anos, conseguiu ver seu trabalho reconhecido, não apenas nacionalmente, mas também internacionalmente, através de bolsas de pesquisa como a da Fundação Vitae e da Fundação John Simon Guggenheim para sua pesquisa sobre a água e a fé, e por meio de exposições no Museu de Arte Moderna da Bahia, no Throckmorton Fine Art em Nova Iorque, na Billedhusets Galeri em Copenhague, no Ministério da Cultura em Brasília, Instituto Tomie Ohtake e Museu Afro Brasil, ambos em São Paulo e em exposições coletivas como na Witkin Gallery em Nova Iorque, na S.F. Camera Works Gallery na Califórnia, na bienal Fotofest em Houston e no Palais de Tokyo em Paris.

Recebeu prêmios do Museu de Arte Moderna da Bahia, e do Mother Jones International Fund for Documentary Photography. Em 2016, premiado pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) pela melhor exposição fotográfica de 2015. Já foi indicado para prêmios internacionais como o Paul Huff (Holanda 2007) e o Prix Pictet ( Suiça/Reino Unido, 2008 e 2015). Seu primeiro livro “Irredentos” foi publicado em 2000 e em 2005 seu segundo livro “Roma noire, ville métisse” foi publicado em Paris, por Autrement.Outros livros de sua autoria são: “Nos Jardins do Éden” 2010, “Exú Iluminado” 2012, “Christian Cravo”, editado pela editora Cosac & Naify em 2014.

Uiler Costa Santos

Baiano nascido em Salvador, 1983, cidade onde cresceu, morou alguns anos na Suíça e conheceu diversos países da América e Europa. Dedicado especialmente aos campos da fotografia aérea ou da fotografia de viagens pelo mundo, tendo no estudo das artes visuais os fundamentos técnicos e estéticos do trabalho que desenvolve hoje, tem se empenhado atualmente em explorar, por meio de seu trabalho, as características e nuance de sua terra natal, a Bahia. Anteriormente exerceu a função de designer gráfico e produtor multimídia, profissões nas quais se graduou, e da recente carreira ainda como fotógrafo, iniciada em 2012. Teve trabalhos publicados em revistas consagradas como a National Geographic, participou de exposições internacionais e teve algumas de suas imagens premiadas.

Pico Garcez

Transitando pela fotografia, cinema e publicidade, apaixonado pela Bahia, onde tem residência, divide hoje seu tempo entre Salvador, São Paulo e New York, trabalhando em locais como Buenos Aires, Santiago, Montevideo, Paris, e Los Angeles. Começou a sua carreira em São Paulo, cidade em que nasceu. Em 1988, passa a fazer produção executiva de filmes e assistência de direção, e nele o início de uma experiência nas etapas de produção, desde o orçamento, seleção de elenco, formação de equipe até a finalização. Depois de transitar por estas diversas funções em produtoras paulistas, se muda para Los Angeles, para aperfeiçoamento nos estúdios Paramount e Releigh.

De volta ao Brasil, passa a dirigir comerciais, paralelo a criação de curtas e de clipes. Após trabalhar por mais de 25 anos em filmes – comerciais, documentários, videoclipes, projetos para TV e DVDs, adquirindo uma experiência bem ampla na direção e produção, obtendo reconhecimento da Associação de Publicidade Brasileira, da MTV Awards e da Philadelphia Film Festivals. De volta  a fotografia participou da SP Arte e de exposições em Portugal, Japão e Nova York, nesta sendo selecionado pelo Art of Intuitive Photography em seu Annual Gallery Show, com mostra na Soho Gallery Arthouse, em Nova York.

 

Marcio Lima

Nasceu em Recife/Pernambuco, em 1960. Reside em Salvador/Bahia, desde 1989. Possui obras nos acervos do Museu de Arte Moderna da Bahia; Light Work – Syracuse, New York/USA; MASP/PIRELLI – Museu de Arte de São Paulo. Sua obra recebeu os seguintes prêmios: 2004/XII Salão do Museu de Arte Moderna da Bahia. 2003/Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger, Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. 1996/ Programa/Artista em Residência da Light Work, Universidade de Syracuse, New York/USA. 1987/ Fotografia do Carnaval de Olinda/Pernambuco – 1º e 2º lugar – Imagem do Carnaval Popular do Recife/Pernambuco – 1º, 2º, e 3º lugar.

Renan Benedito

Nasceu em Salvador, Bahia em 1997.  É um jovem fotógrafo. Autodidata, apaixonado por contar histórias e exalar sentimentos, explora os seus registros para que revelem o que traz dentro de si. Seu ingresso nestas artes como ofício se deu aos 16 anos, em um evento da igreja que frequenta, através de um celular. Depois com uma câmera profissional que seu pai possuia despertou o olhar para a beleza que a Cidade Baixa, região de sua cidade, com atenção especial para os bairros da Ribeira e Santa Luzia do Lobato, onde mora desde que nasceu. A partir deste instante as suas fotografias deixaram a função de apenas registros para se tornarem um livro onde histórias são contadas, lidas e conhecidas por outras pessoas.

Com apenas 23 anos, define seu trabalho “como simples e objetivo”, colocando-se como um apaixonado pela fotografia familiar, da construção de um namoro até a formação da família tradicional, e que fotografar as crianças da comunidade onde vive aconteceu de maneira natural, uma vez que sempre esteve próximo a elas mesmo depois de adulto, seja nas brincadeiras na rua ou como professor de futsal e que a sua busca é ser o mais verdadeiro em seus registros. Iniciou sua carreira de mostras em 2019, ao participar de exposições fotográficas em Salvador, no  Palacete das Artes e no Museu de Arte Moderna da Bahia. Teve o seu vídeo FUTURO apresentado na capa da primeira edição da ELLE View.

 

Ayrson Heráclito

Nascido na cidade de Macaúbas, Bahia, em 1968. Artista visual, pesquisador, curador, professor, é mestre em Artes Plásticas pela Universidade Federal da Bahia, sua obra propõe uma leitura da cultura baiana a partir da arte, da história e da sociologia, utilizando principalmente em suas performances e instalações a incorporação de sons, cheiros, numa atividade artística onde as ações utilizam o material orgânico para criar objetos artísticos descontextualizados de seu cotidiano e deles uma reflexão do efêmero da vida. Esse conceito o leva a uma leitura da história cultural baiana, propondo uma reflexão sobre questões culturais afro-baianas, a escravidão, o trânsito no Atlântico, o espaço e o tempo, ao apresentar diversas formas de violação ao corpo, do corpo negro no período da escravidão ao corpo dos perseguidos em tempos de ditadura militar no Brasil e escravidões atuais. Uma obra desafiadora em sua leitura do homem e do mundo hoje. Ressalva de seus trabalhos mostras individuais e coletivas nacionais e internacionais – III Bienal do Mercosul/2001; II Trienal de Luanda/2010; Design 21/2001, em New York; MIP2 Manifestação Internacional da Performance, Belo Horionte/Minas Gerais/2009 –, e está representado em acervos como o Museum der Welkulturen, Frankfurt/Alemanha; Museu de Arte Moderna da Bahia; VídeoBrasil, coleções particulares, ganando prêmios desde 1986 no I Salão METANOR/COPENOR de Artes Visuais da Bahia.

João Farkas

Nasceu em São Paulo, capital, em 1955. Começou seus estudos graduando-se em filosofia pela Universidade de São Paulo e, posteriormente, mudou-se para Nova York, onde estudou no International Center of Photography (ICP) e na School of Visual Arts (SVA). Seus trabalhos, já foi fotógrafo correspondente da Veja e da IstoÉ, onde foi também editor de fotografia, fazem parte de importantes acervos e museus brasileiros, além de estarem no acervo do ICP, no Maison Européenne de la Photographie, um dos mais respeitados acervos de fotografia do mundo, onde suas obras estão acompanhadas de outras 20 mil imagens representativas de nomes como Henri Cartier-Bresson, Robert Frank, Johan van der Keuken, Larry Clark, Sebastião Salgado e Rogério Reis.

Vik Muniz

Nasceu em São Paulo, no dia 20 de dezembro de 1961. Formou-se em Publicidade na Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP, em São Paulo. Em 1983, mudou-se para Nova Iorque. Atualmente vive e trabalha entre Rio de Janeiro e Nova York. Iniciou sua carreira artística ao chegar à Nova York em 1984, realizando sua primeira exposição individual em 1988. A partir desta data, começou a desenvolver trabalhos que faziam uso da percepção e representação de imagens usando diferentes técnicas, a partir de materiais como o açúcar, chocolate, catchup, gel para cabelo e lixo.

Alcançou reconhecimento internacional como um dos artistas mais inovadores e criativos do século 21. Nesta sua trajetória vem realizando prestigiadas exposições em instituições como o International Center of Photography, New York; Fundació Joan Miró, Barcelona; Museo d’Arte Contemporanea, Rome; Museu de Arte Moderna, São Paulo; Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro; Tel Aviv Museum of Art e Long Museum, Shangai. Em 2001, representou o Brasil no Pavilhão da 49a Bienal de Veneza. Em dezembro de 2008, o MoMA sediou Artist’s Choice: Vik Muniz, Rebus, como parte de uma série de exposições com artistas convidados. Também foi convidado da edição do ano 2000 da Bienal de Whitney, no Whitney Museum of American Art; da 24ª Bienal Internacional de São Paulo; e da 46ª Corcoran Biennial Exhibition:Media/Metaphor, na Corcoran Gallery of Art em Washington, DC. Seus trabalhos fazem parte de coleções de arte públicas como a do Museum of Modern Art, Nova York;Guggenheim Museum, New York; Tate, London; Metropolitan Museum of Art, Nova York; Los Angeles Museum of Contemporary Art, Los Angeles; Tate Gallery, Londres; Centre Georges Pompidou, Paris; Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madri; e do Museum of Contemporary Art, Tokyo. Em 2011, foi nomeado Embaixador da Boa Vontade da UNESCO. Em 2005, Vik lançou um livro denominado “Reflex – A Vik Muniz Primer”, coleção de fotos de seus trabalhos já expostos. Em 2010, foi produzido um documentário intitulado “Lixo Extraordinário” sobre seu trabalho com catadores de lixo de Duque de Caxias, cidade localizada na área metropolitana do Rio de Janeiro. A filmagem recebeu um prêmio no festival de Berlim na categoria Anistia Internacional e no Festival de Sundance.

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