José Rufino vive e trabalha em João Pessoa, Paraíba. Artista e escritor, é também professor de Arte nas universidades federais da Paraíba e Pernambuco. Desenvolveu sua jornada artística passando da poesia para a poesia-visual e, em seguida, para a arte postal, desenhos, e pinturas a partir dos anos 1980. O universo do declínio das plantações de cana-de-açúcar no Brasil integrou seu trabalho desde o início, através do uso de mobiliários, documentos de família e institucionais, transmutados em desenhos, esculturas e instalações. Entre os documentos familiares, destaque para as cartas herdadas do seu seu avô, senhor de engenho no município de Areia, suportes da série Cartas de Areia. Filho de ativistas políticos perseguidos pela ditadura do regime militar brasileiro nos anos 1960, o artista é também muito conhecido pelos seus impressionantes trabalhos de caráter político. O diálogo dicotômico entre memória e esquecimento contamina seu trabalho por completo. É autor do livro “Afagos”, editado pela Cosacnaify, do romance ainda inédito, “Desviver”, que recebeu a Bolsa Funarte de Criação Literária em 2009.
Participou de cerca de duzentas exposições, entre coletivas e individuais no Brasil e exterior. Entre elas: Dogma, na Central Galeria de Arte, em São Paulo, Violatio, no Museu da Escultura Brasileira, São Paulo, Ulysses, na Casa França Brasil/Rio de Janeiro. Expôs Divortium Aquarum na Sala A Contemporânea, no CCBB/Rio de Janeiro, Aenigma na Galeria Milan em São Paulo; Blots & Figments, no Museu Andy Warhol, em Pittsburgh, EUA, e Faustus, no Palácio da Aclamação, em Salvador, quando ganhou o prêmio Bravo-Prime de melhor exposição do ano no Brasil. Participou da 25ª Bienal Internacional de São Paulo e das Bienais do Mercosul, Venezuela, Havana e Bienal do Fim do Mundo, em Uchuaia, Argentina. Participou ainda de coletivas importantes como Caminhos do Contemporâneo, no Paço Imperial (Rio de Janeiro) e L’Art dans le Monde, no Pont Alexandre III, Paris, e em feiras de arte, como a ArtRio e SPArte , da Arco, em Madri, e Art Basel, na Suíça.
Permanere (aquilo que permanence)
Monotipia e madeira
158 x 29 x 15 cm
2014