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Maria Adair

Abertura
13 de setembro de 2018

Horário
19h ás 22h

Exposição
14 de setembro a 06 de outubro

“A vida é uma grande teia. Um cruzamento de caminhos, na busca pela melhor direção. Cruzando caminhos, pontuando a VIDA, chego aos 80. É OITENTA então o titulo desta coletânea, o motivo desta exposição”.

Maria Adair faz 80 anos. Baiana de Itiruçu. Artista plástica e professora. No início, formas orgânicas. A natureza reinterpretada. A natureza representada. Terra fértil. Depois, novas interpretações. Um construtivismo objetivado pela cor. Em 1983 fecha o ciclo, liberta-se dos suportes tradicionais e a pintura é a própria forma. Constelações. Posteriormente a cor enovela-se se rasgando pelo ritmo de linhas sobre a superfície num gesto largo e único. Novos suportes passam a criar uma pintura que não mais se condicionava aos limites da tela, mas a todos os objetos que suas linhas e suas cores pudessem ter como superfície – mesas, cadeiras, garrafas, copos, qualquer objeto utilitário, a tecidos e vestimentas, num arroubo sem par na arte da Bahia. O trabalho adquire grandes dimensões quando na tela ou torna-se objeto ao ter seus novos suportes. A linha vive o seu requinte. A Grande Viagem cabe onde o desejo a leva como forma, ritmo e cor, pintura de uma sempre (simples?) linha que persegue no gesto total o signo da fantasia e faz existir que não há nada que sua pintura não enxergue como invenção para sua arte.

Maria Adair nestes oitenta anos, a arte teve seu início em 1953, vem produzindo um trabalho múltiplo, diverso e experimental, onde a ação através de técnicas, suportes, materiais, em pinturas em óleo, guache, aquarela, nanquim, lápis, esferográfica, acrílica, xilogravura, litogravura, gravura em linóleo, serigrafia, fotografia, esmaltes sintéticos, esmaltes cerâmicos, jato de areia, pintura fixada a vapor, aplicação de folha de ouro, prata, cobre, outros metais, pintura digital. E como suporte tela, vidro, parede, madeira, papel, ferro, linho, seda, metal, algodão, caminhõezinhos de madeira, aviõezinhos de madeira, mesas, cadeiras, cabaças, bicicletas, pedras, relógios de pulso, relógios de parede, réguas, pia, gamelas, torneira, acrílico, rolo de abrir massa, gesso, e o que ainda mais desejar fazer para sentir sua criação absorvida pelas técnicas e suportes, explorando formas quadradas, redondas, retangulares, cúbicas, cilíndricas, côncavas, convexas, tudo para concretizar na forma, através da linha e da cor o que surge no campo da imaginação.

Maria Adair também percorre nestes oitenta anos a área de educação, esta se tornando um meio inseparável para sua arte, sendo Master of Arts, na School of Art and Art History. University of Iowa, Iowa City. IA. USA; English as a Second Language. English Language Institute, University of Pittsburgh. PA. USA; Licenciatura em Desenho e Plástica, Escola de Belas Artes, Ufba em Salvador, Bahia, onde exerceu atividades acadêmicas como Professor Adjunto, Escola de Belas Artes, Ufba, e Professor Orientador do Programa de Papel Artesanal na mesma faculdade, disto surgindo a Criação e Coordenação da Galeria do Aluno, Eba/Ufba, e projetos extraclasses de grande vigor. Neste trajeto foi artista em residência, em 1994,The Rockefeller Foundation em Bellagio Study and Conference Center, Lago di Como, Itália. Outro ponto a destacar é ter sido em 1985, Artista Visitante, Tyler School of Art. Temple University. Philadelphia. PA. USA.

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