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Tomie Ohtake

Opening
08 de November de 2013

Schedule
19 às 22h

Exhibition
09 de November a 07 de December

Tomie Ohtake fez 100 anos de vida no último dia 21 de novembro. Quinze exposições estão sendo realizadas no Brasil comemorando esta data e a trajetória de quem “ao longo de meio século de uma criatividade ininterrupta, criou um riquíssimo vocabulário de formas, as quais, continuadamente reelaboradas e resinificadas, a partir de um núcleo básico, constituem o fascínio permanente de sua obra”.

A Paulo Darzé Galeria é uma destas galerias, museus e instituições, a única baiana que está homenageando com uma individual, trabalhos inéditos, esta artista que ainda trabalha diariamente em seu atelier e que nos lega uma obra de trajetória integra e integral, entre a tradição e a experiência visual do homem moderno.

A Paulo Darzé Galeria apresenta dia 27 de novembro, até o dia 7 de dezembro de 2013, mostra de pinturas, gravuras e esculturas de Tomie Ohtake. Com uma obra de trajetória integra e integral, entre a tradição e a experiência visual do homem moderno, no dizer de Paulo Herkenhoff, “esta obra parece buscar em nosso olhar um haicai perdido”.

Nascida no Japão, em Kyoto, em 1913, chega ao Brasil, São Paulo, aos vinte e três anos. Inicia seus estudos de pintura em 1952, com o artista plástico japonês Keisuke Sugano. Em 1953, integra o Grupo Seibi ao lado de Flávio-Shiró, Kaminagai, Manabu Mabe, Tikashi Fukushima, entre outros. Sua primeira exposição individual realizou-se em 1957, no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Em 1969, começa a trabalhar com serigrafia e posteriormente executa litografias e gravuras em metal.

Realiza diversas obras públicas, como o painel pintado no Edifício Santa Mônica, na Ladeira da Memória, em São Paulo; a escultura Estrela do Mar, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro; a escultura em homenagem aos oitenta anos da imigração japonesa no Brasil e painéis para o Memorial da América Latina. Em 1974 e 1979, ganha o Prêmio Melhor Pintor do Ano. Em 1983, o Prêmio Personalidade Artística do ano da Associação Paulista de Críticos de Arte. Em 1995 recebe o Prêmio Nacional de Artes Plásticas do Ministério da Cultura. Em 2000, é lançado em São Paulo o Instituto Tomie Ohtake.

Para o crítico Frederico Moraes, “Diante da sua pintura, o crítico vive um permanente desafio: ou fala de pintura, ou deve recolher-se. Com efeito, em suas telas, Tomie Ohtake não descreve situações vividas ou sonhadas, não comenta nem recria a realidade à sua/nossa volta, não avança para análise sociais ou políticas, não é nem confessional nem autobiográfica. Assim, não há nada em que o crítico possa agarrar-se para escapar ao desafio de falar de pintura. Mas falar da pintura de Tomie é falar, antes de tudo, da forma. É dela que nos recordamos quando pensamos em sua pintura. Ao longo de meio século de uma criatividade ininterrupta, Tomie Ohtake criou um riquíssimo vocabulário de formas, as quais, continuadamente re-elaboradas e ressignificadas, a partir de um núcleo básico, constituem o fascínio permanente de sua obra. A cada nova etapa, a artista recorre às mesmas formas e/ou estruturas formais, cuja semântica, entretanto, se modifica graças às novas relações cromáticas, matéricas e espaciais que ela busca estabelecer”

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