Com uma mostra de 25 trabalhos, em dimensões variadas, a fotógrafo cearense Rodrigo Frota apresentou-se pela primeira vez na Bahia na Paulo Darzé Galeria de Arte. Sua fotografia não percorre um tema específico, indo de paisagens a abstrações, passando pelo figurativo, o que no dizer do artista e crítico José Guedes nos traz um “profissional inventivo, sensível, e rigoroso em todos os processos da elaboração de seu trabalho; do ângulo do click ao tipo de impressão das imagens, da temperatura cromática ao emolduramento”.

Biografia

Rodrigo Frota nasceu em 1984. Ganhou sua primeira câmera Reflex de seu pai aos 15 anos de idade. Começou seus estudos na fotografia quando foi morar na Suíça, em Rolle, uma pequena cidade entre Lausanne e Genebra, onde viveu durante três anos, de 2000 a 2003, cursando o segundo grau no Institut Le Rosey – Suiça – IGCSE Exams – Arts e estudos de extensão no Curso de Fotografia (Básica e Avançada) e na área de técnicas artísticas e história da arte.

De volta ao Brasil em 2007 conclui bacharelado em Publicidade e Propaganda pela Universidade de Fortaleza, e passa a trabalhar como fotógrafo do setor de marketing durante dois anos, primeiro como assistente, e no segundo assumindo o posto de fotógrafo publicitário. Continua seus estudos na fotografia, cursa cinema pela Casa Amarela.

Seus trabalhos estão publicados em importantes jornais e revistas como O Globo (capa), Diário do Nordeste e revista Bravo!, Vogue, Jornal Diário do Nordeste, Catálogo XVI Unifor Plástica, Catálogo Paralelo Vertical, Revista Wavewind, Revista Wakebrasil, Revista Aldeota, Jornal O Povo, Universidade de Fortaleza, Academia Personal Care, Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral, Bali Express Móveis, New Piates, Revista Joyce Pascowitch – Estilo.

Realizou exposições coletivas em 2009 na XVI Unifor Plástica – Espaço Cultural UNIFOR, Fortaleza; 2006, Paralelo Vertical – Palácio da Independência, Lisboa, Portugal; Paralelo Vertical – Iguatemi, Fortaleza, Brasil; e 2004, Mostra Universitária – UNIFOR, Fortaleza. Em individuais realizou em 2011 Pictoriais – Museu de Arte Contemporânea – CDMAC; 2009, Fragmentos de Viagem – Centro Cultural Dragão do Mar. Foi premiado com Menção Honrosa – XVI Unifor Plástica – Fotografia e na 1ª Mostra Universitária – UNIFOR. Esta é a sua primeira exposição individual na Bahia.

Subjetividade do olhar

Uma das características de Rodrigo Frota é sua inquietação em buscar e resolver equações do olhar. Dedicação, persistência e cuidado com o fazer são traços que lhe conferem um profissionalismo raro. Pictoriais é sua primeira exposição de fotografias em nosso estado, e fica em cartaz até 11 de agosto, na Paulo Darzé Galeria de Arte – Rua Dr. Chrysippo de Aguiar, 8, no bairro da Vitória. A expo consta de 25 trabalhos em várias dimensões, resumo de suas constantes viagens de trabalho e pesquisa no Brasil e exterior. A curadoria é de José Guedes, artista visual e crítico de arte cearense, formado em Direito em 1983. Guedes dirigiu o Museu de Arte Contemporânea do Centro Dragão do Mar de 1998 a 2003, para voltar ao mesmo cargo em 2007. É uma referência na arte brasileira, uma das personalidades mais atuantes no Ceará. Seu texto de apresentação é primoroso.

Rodrigo Frota não segue temas específicos, busca muito mais a fixidez da imagem escolhida como assunto, seguindo sua intuição e sentimento no momento da apreensão do instante. Mostra-se um atento observador do cotidiano, com delicada subjetividade que confere aos trabalhos um caráter único.

Seu desafio é trazer para uma estampa estática um grande grau de informações, especialmente as fotos aéreas, realizadas dum helicóptero, que evocam sentimentos, curiosidade e abre ao espectador inúmeras possibilidades de interpretações. Nessa mostra, apresenta temas documentais, abstratos, percorrendo caminhos e integrando linguagens visuais, tendências da arte do hoje que libera o artista para expressar em suas produções o que lhe parece adequado.

Em suas constantes viagens pelo mundo, parte de seu trabalho fotográfico é documental, buscando revelar o cotidiano e a cultura dos lugares escolhidos, celebrando aspectos peculiares a cada região. Na expo, aspectos do Marrocos, Peru, Portugal, de tantos outros países que propositalmente não nomeia, nem induz, destinam a cada indivíduo liberdade para a leitura de suas produções. O autor abdica de uma imposição no deciframento, para completar o processo no olhar do outro.
A mostra Pictoriais tem uma relação íntima com a técnica da pintura. Na realidade, a base artística de Rodrigo Frota foi o desenho e a pintura. Isso se reflete nas capturas aéreas que relembram Monet, as pontes da cidade do Porto levam a Mondrian, outros a pintores concretos como Arp, Tatlim, Wols e Kandinsky.
Em depoimento, o artista comenta: “As fotografias que faço têm características pictóricas. Procuro trabalhar com material que faz as fotografias parecerem pinturas”. Os jogos de luz e sombra, as silhuetas, os desfoques sugerem uma homenagem à técnica, que conheceu desde a infância, quando seus pais o levavam a galerias e museus de importância. Muito também de seus estudos no exterior. Rodrigo Frota faz releituras do mundo real, da fantasia, das fábulas e ambiguidades, das estruturas de narrativas visuais. Seu trabalho fotográfico é uma soma de fragmentações que trazem em seu bojo a forma, a linha e a cor.
São adições e novos acolhimentos, criando um universo paralelo de revelar mecânico de substituições. Se conceber se estabelece entre abstração e figuração, por vezes valorizando um ou outro aspecto. Construção singular de luzes e impactos visuais refinados. Rodrigo Frota desponta ainda bem jovem, uma referência na fotografia brasileira.
Cesar Romero

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A Fotografia, na segunda metade do século 19, provocou grande mudança na pintura. O impressionismo de Monet, Manet, Renoir, Van Gogh, Gauguin, Cezanne, surgiu quando esta nova técnica de reprodução de imagens tornou obsoleta sua função puramente descritiva; representativa da realidade. No impressionismo a pintura ganhou autonomia, pois as pinceladas e as nuances cromáticas passaram a ter mais importância do que o assunto abordado na tela. Do impressionismo ao cubismo de Picasso e Braque e à abstração de Kandinsky foi um caminho bem curto e que prosseguiu século vinte adentro incrementando sucessivas e contundentes revoluções.

Na segunda metade do século 20, quando as categorias tradicionais das artes visuais se derramavam umas sobra as outras, a fotografia, entre outras mídias, passou a representar também uma possibilidade de expansão para as questões da pintura (fotógrafos como Cindy Sherman, Andreas Gursky, Jeff Wall, Vik Muniz, são considerados grandes pintores da atualidade, o que exemplifica bem isso).

Rodrigo Frota, jovem artista cearense, tem olhar de Pintor, numa época em que é possível fazer pintura com a utilização de várias ferramentas, inimagináveis num passado não tão longínquo. Tem 27 anos e desde os 15, quando ganhou a primeira máquina fotográfica, investiu obstinadamente no ofício que já se podia vislumbrar ali. Dedicou alguns anos de sua vida a cursos de arte e fotografia no exterior, fotografou ao lado de Steve McCurry (famoso pela imagem da menina afegã que foi capa da revista National Geographic) nas exóticas , ensolaradas e místicas Myanmar e Índia; arquivou um vasto material que se intensificou nos últimos anos , a partir do qual fizemos o recorte ora exposto.

Em alguns momentos da mostra, como nas belíssimas paisagens de captura aérea, a eliminação da linha de horizonte (como em Monet),causa um efeito desconcertante que exige do expectador uma aproximação em busca de referências que lhe restitua o equilíbrio no espaço . Em outros, mais formalmente abstratos, a aproximação também se faz necessária para que se capte detalhes que redimensionam e enriquecem a primeira visão. Até mesmo nas fotografias mais claramente figurativas, o desfoque, o movimento e a saturação da cor enfatizam o aspecto pictórico da imagem; a transcendência da realidade.

Rodrigo Frota é um profissional inventivo, sensível, e rigoroso em todos os processos da elaboração de seu trabalho; do ângulo do click ao tipo de impressão das imagens; da temperatura cromática ao emolduramento. Eis um artista de quem temos muito o que esperar.
José Guedes

Com uma fotografia que não percorre um tema específico, indo de paisagens a abstrações, passando pelo figurativo, Rodrigo Frota nasceu em 1984. Ganhou sua primeira câmera Reflex de seu pai aos 15 anos de idade. Começou seus estudos na fotografia quando foi morar na Suíça, em Rolle, uma pequena cidade entre Lausanne e Genebra, onde viveu durante três anos, de 2000 a 2003, cursando o segundo grau no Institut Le Rosey – Suíça – IGCSE Exams – Arts e estudos de extensão no curso de Fotografia (Básica e Avançada) e na área de técnicas artísticas e história da arte. De volta ao Brasil, em 2007, concluiu bacharelado em Publicidade e Propaganda pela Universidade de Fortaleza, e passou a trabalhar como fotógrafo do setor de marketing durante dois anos, primeiro como assistente, e no segundo assumindo o posto de fotógrafo publicitário. Continuou seus estudos em fotografia, cursou cinema pela Casa Amarela. Seus trabalhos estão publicados em importantes jornais e revistas como O Globo, Diário do Nordeste e revista Bravo!, Vogue, jornal Diário do Nordeste, Catálogo XVI UNIFOR Plástica, Catálogo Paralelo Vertical, revista Wavewind, revista Wakebrasil, revista Aldeota, jornal O Povo, Universidade de Fortaleza, Academia Personal Care, Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral, Bali Express Móveis, New Pilates, revista Joyce Pascowitch – Estilo. Realizou exposições coletivas: em 2009, na XVI Unifor Plástica – Espaço Cultural UNIFOR, Fortaleza; 2006, Paralelo Vertical – Palácio da Independência, Lisboa, Portugal; Paralelo Vertical – Iguatemi, Fortaleza, Brasil; e 2004, Mostra Universitária – UNIFOR, Fortaleza. Em individuais realizou: em 2011, Pictoriais – Museu de Arte Contemporânea – CDMAC; 2009, Fragmentos de Viagem – Centro Cultural Dragão do Mar. Foi premiado com Menção Honrosa – XVI UNIFOR Plástica – Fotografia, e na 1ª Mostra Universitária – UNIFOR.

1) Você traz nas suas fotos paisagens, abstrações, figurativos. Há um tema
principal na sua fotografia?

Não sigo um tema específico, mas procuro transpor sentimentos, apesar de
achar que minha fotografia é transicional, pois segue o que estou sentindo
no momento da captura. Tenho temas documentais que remetem a uma cultura e ao cotidiano local, e temas abstratos que seguem dentro de uma visão pictórica de imagens locais, procurando em parte seguir experiências e sentimentos passados de um jeito em que possa me expressar.

2) Como é escolhido o tema que você passa a desenvolver? Há um projeto? Uma conceituação? Como constrói a sua temática?

Boa parte das minhas imagens faço em conjunto com outra paixão, que é a
fotografia documental e de viagem. Viajo para diversos lugares ao redor do
mundo para documentar o dia-a-dia e a cultura local, procuro sempre lugares
de difícil acesso, onde as crenças, o cotidiano e a cultura local ainda não
foram tão alterados. Para todas minhas viagens, normalmente faço um estudo do local e procuro entender a cultura antes de me aventurar. Mas normalmente
tenho uma ideia do que quero, e, quando chego lá, vou atrás de captá-las.

3) Qual a leitura você faz de suas fotos? Líricas? Dramáticas?
Realistas? Documental?

Não gosto de dar uma leitura exata às minhas fotografias. No caso da série
Pictoriais, cabe ao próprio leitor buscar uma leitura própria e única.
Muitas vezes, não dou título nem dica do local onde a fotografia foi
realizada, com isso deixando o leitor viajar na imagem (liberdade de
fazer e ler as fotos).

4) Sua fotografia é uma forma de expressão sobre os fatos, as cenas, as
pessoas e os acontecimentos, um documento do momento, ou é subjetiva, o
olhar do fotógrafo sobre o meio que o cerca pela sua criação, imaginação e
expressão de um sentimento?

No caso da série Pictoriais, é um olhar subjetivo e imaginativo, com uma
relação não representacional de sentimentos no momento da captura.

5) “Seu trabalho traz o desfoque, o movimento, a saturação de cores,
enfatiza o aspecto pictórico da imagem”. Estas são palavras de José Guedes
na apresentação da mostra. Em outro local assinala: “Rodrigo tem olhar de
pintor”. Como sente e pensa esta definição sobre seu trabalho?

Acho que meu trabalho mostra um pouco disso, procuro fugir da captura,
montagem e suporte da fotografia convencional. Poderá ver que as fotografias
que faço têm características pictóricas. Procuro trabalhar com materiais que
fazem a fotografia parecer com pintura. Minha base artística foram o desenho e
a pintura, mas sempre quis fazer cinema até começar a fotografar. Acho que
isso influenciou muito em como faço a fotografia hoje em dia.

6) O que o faz escolher a fotografia como a sua forma de expressão na arte?
Isto começou aos 15 e hoje você tem 27 anos. Fale um pouco desta trajetória.
Sua formação, cursos, mostras, caminhos? Como o Rodrigo hoje se vê
como um artista profissional?

Sempre fui fã dos grandes movimentos artísticos desde o impressionismo ao
dadaísmo, que serviu de base para outros movimentos como o expressionismo
abstrato, surrealismo e pop art. Meu aprendizado seguia uma linha muito
acadêmica, devido a meus pais me levarem a museus e galerias desde criança e
meus estudos de artes no exterior. Minha paixão era o cinema, até me mudar
para o exterior com 15 anos e, pela facilidade, começar a estudar fotografia
junto com meus estudos acadêmicos. O cinema sempre foi uma grande paixão
minha, e que continuo realizando simultaneamente com a fotografia. Estudei
na Suíça Artes e Fotografia. Quando voltei ao Brasil, estudei Cinema e tenho
bacharelado em Publicidade. A fotografia na minha vida tomou parte pela
facilidade de expressão multifacetada, que no cinema se torna mais difícil
devido à complexidade da realização de um vídeo dentro do nosso cenário
nacional por causa de custos, mão de obra e tempo de realização.

7) Você considera fundamental na criação de suas fotos a captação da imagem
ou a reprodução da imagem? Pode explicar como você os trabalha,
o momento da foto e o momento da revelação desta? Melhor dizendo, a
fotografia é uma questão visual ou um domínio técnico? Um processo de
sensibilidade e criação sobre imagens ou um trabalho de laboratório?
Ou você não tem mais este dilema?

É fundamental a captura e reprodução adequada, pois preciso de uma captura
preparada para meu trabalho laboratorial, já que é crucial para que uma
ampliação grande dê certo. Normalmente a fotografia já está pronta no
momento da captura. No laboratório já sei o que quero e como quero, os
ajustes de tonalidade são poucos, mas procuro me focar mais em como poderei
ampliar sem perder qualidade e a força de expressão.
Não tenho um dilema sobre técnica e questão visual. Acho que o artista tem
de dominar sempre o aspecto técnico do que faz para poder explorar o lado
artístico. Não adianta se aventurar em algo que não domina, já que qualquer
trabalho primeiramente tem que ter consistência, e um embasamento teórico
artístico evolutivo para chegar ao ápice do trabalho e poder escolher dos
melhores algo que represente o que quer expressar.

8) Estamos diante da fotografia digital. Qual a sua relação com ela?

A técnica continua a mesma da analógica, porém bem mais versátil e
complexa. As câmeras digitais fazem uma captura de cores diferente da
película, o que faz muitos trabalharem ainda com filme. Trabalhei muito tempo
com filme, e a vinda do digital agilizou o processo de revelação, mas o
trabalho laboratorial ficou bem mais complexo. Ainda faço alguns trabalhos
em película pela manuseabilidade, a estética e a saudade. O mundo digital, e
os preços baixos de câmeras digitais, com boa qualidade de imagem, deram a
oportunidade de vários adentrarem na fotografia. Em uma recente viagem
notei uma grande quantidade de pessoas com câmeras profissionais com lentes
enormes, ao invés da câmera digital de bolso.

9) Como é realizada a sua captação de imagens? Elas são de rua, são de
estúdio? Nas fotos que conheço, aparentemente temos as duas. E o que as fotos buscam reproduzir quando captadas em cada um destes processos?

As minhas fotografias são todas em locação, algumas em estúdio.
Normalmente prefiro sair à rua para fazer fotos, onde consigo liberar
melhor minhas ideias.

10) No seu trabalho há algum dilema entre PB e cor? Pois temos fotos
seguindo estes dois caminhos. Se sim, qual o motivo?

Não tenho dilema próprio, mas, como Josef Albers dizia, “A forma é o inimigo
da cor”. Na realidade, dependendo do que irei captar, preparo meu olhar para
o monocromático ou a captura colorida. Quando saio para capturar em PB, tenho um olhar mais focado em formas e composição, no momento em que entra mais um fator, a cor, o trabalho muda.

11) Como vê a cena nacional e internacional hoje para a fotografia?

As fotografias nos últimos anos atingiram valores inigualáveis no mercado de
artes, batendo, em alguns momentos, preços de pintura. Ao meu ver, a
fotografia está a se desenvolver cada vez mais devido à facilidade da
captura, pois estamos numa época em que o método da captura não é mais
primordial; com celulares, câmeras compactas, iPads, tudo ficou mais fácil.
A quantidade de fotógrafos está cada vez mais crescente, o que é muito bom
para a fotografia, mas um pouco mais complicado para o mercado. Poderia se
dizer que a fotografia é a nova arte?!

12) O que é esta exposição na Paulo Darzé Galeria de Arte? Há um tema que a
une? Paisagens, abstrações, figurações? Quantas obras?

São 29 fotografias compondo 23 obras. Elas compõem uma série chamada de
Pictoriais, realizada com a curadoria de José Guedes do MAC de Fortaleza.
São fotografias que levantam questões da pintura, buscando transcender a
realidade através da fotografia. São técnicas e enquadramentos que lembram, em alguns momentos, artistas que fizeram a história da arte: às vezes Monet, com a retirada da linha do horizonte, em outras Kandinsky e Mondrian, com linhas que remetem ao abstrato e o neoplasticismo.

13) Esta é a primeira vez que você expõe individualmente na Bahia? Como você sente esta relação que está nascendo entre sua obra e este novo público?

Sim. Sinto como normalmente me sinto em todos os trabalhos que apresento:
com uma expectativa de que o público consiga viajar nas imagens e descobrir
sentimentos próprios. Na delicadeza de produzir as obras, na escolha das
imagens, no tratamento, tudo é feito de um jeito que eu consiga me
expressar, deixando algo para que cada leitor possa desenvolver seu olhar
crítico, mas conseguindo achar algo nas imagens que incite algum sentimento.

(entrevista / Agosto 12)